Em um jogo decisivo, digno do clima dos NBB Playoffs, o Pinheiros mostrou força tática e física para garantir sua vaga nas quartas de final da temporada 2024/25. Com uma estratégia inédita implementada pelo técnico Vitor Galvani, a equipe paulista venceu a Unifacisa por 72 a 58 no ginásio Henrique Villaboim, em São Paulo, neste domingo (04/05), fechando a série em 3 a 2 e avançando para enfrentar o atual campeão Sesi Franca.
Garrafão dominante: a chave da vitória
A grande sacada de Galvani foi a entrada dos pivôs Agapy e Bernardo da Silva como titulares. Juntos, eles garantiram a supremacia no garrafão, com destaque para os 48 rebotes contra apenas 33 da Unifacisa, sendo sete ofensivos apenas no primeiro período. A mudança deu ao time mais posse de bola, volume ofensivo e controle do ritmo.
“Sabíamos que o rebote seria determinante. Não somos um time de alto volume ofensivo, então precisamos parar o adversário abaixo dos 75 pontos — e conseguimos segurá-los em 58”, analisou Galvani.
Defesa forte e controle total
Mesmo sem uma grande exibição nos arremessos, o Pinheiros se destacou pela consistência defensiva e inteligência tática. O segundo quarto foi crucial: com atuação eficiente de Jimmy, Reynan e David Sloan (seis assistências só na parcial), o time abriu 17 pontos de vantagem antes do intervalo (43 a 26), consolidando o domínio.
Ritmo mantido até o fim
No segundo tempo, o jogo caiu de rendimento ofensivo, mas o Pinheiros manteve o foco na defesa. A Unifacisa tentou reagir no último quarto, com destaque para Gaskins e Rafael Rachel, que terminou com 18 pontos. Porém, a equipe paraibana não conseguiu tirar a diferença. Apesar da luta até o fim, a temporada terminou para a Unifacisa.
Despedida emocionada
Ao final, o ala-pivô Rafael Rachel deixou no ar uma possível despedida:
“Sou grato por ter vestido essa camisa. Não sei o que vai acontecer, mas seguirei torcendo.”
Próximo desafio: Sesi Franca
Agora, o Pinheiros encara uma pedreira nas quartas de final: o Sesi Franca, favorito ao título e com elenco experiente. Galvani sabe da missão difícil e já alerta:
“Se entrarmos sem fome, sabemos o que nos espera contra Franca.”